As queixas locais variam, mas a agitação crescente expõe uma tensão sobre o esforço da União Europeia para combater as mudanças climáticas. Os agricultores representam um eleitorado crescente para a extrema-direita, que está obtendo ganhos nas eleições para o Parlamento Europeu. Os líderes da UE estão tentando acalmar a agitação e anunciaram novas medidas em diversos países, incluindo França e Irlanda.
O primeiro-ministro francês, Gabriel Attal, prometeu facilitar a vida dos agricultores e protegê-los melhor em nível francês e da UE. Ele também prometeu mais ajuda para os agricultores, incluindo a proibição de importações baratas de produtos que usam pesticidas proibidos na Europa e a garantia de que os rótulos dos alimentos indiquem se o produto é importado.
Além disso, os agricultores já garantiram várias medidas, incluindo propostas da Comissão Executiva do bloco para limitar importações de produtos agrícolas da Ucrânia e afrouxar algumas regulamentações ambientais sobre terras em pousio. No entanto, os agricultores afirmam que isso não é suficiente e que estão sufocados por impostos e regras verdes, enfrentando concorrência desleal do exterior.
Mesmo que a crise dos agricultores não esteja oficialmente na agenda da cúpula da UE, um diplomata da UE disse que a situação dos agricultores seria discutida. Pequenos grupos de agricultores tentaram derrubar as barreiras erguidas em frente ao Parlamento, mas a polícia disparou gás lacrimogêneo e borrifou água nos manifestantes para fazê-los recuar.
Enquanto isso, o primeiro-ministro irlandês, Leo Varadkar, repetiu a oposição do presidente francês, Emmanuel Macron, à assinatura de um acordo comercial com o Mercosul em sua forma atual. Essa oposição é mais uma demanda importante para os agricultores europeus. Os protestos demonstram a crescente insatisfação dos agricultores com as políticas e regulamentações da União Europeia, e a pressão sobre os líderes do bloco para encontrar soluções para os desafios enfrentados pelos trabalhadores rurais.