As sessões de julgamento são públicas e ocorrem no primeiro andar do Fórum Des. Sarney Costa (Calhau), das segundas às sextas-feiras, com início pontualmente às 8h30. No contexto atual, cerca de 1.545 processos ainda tramitam nas três varas do júri.
Em relação à movimentação processual, é relevante destacar os resultados específicos de cada vara. Na 1ª Vara do Júri, foram realizadas 49 sessões, resultando em 58 condenações e 15 absolvições, com um total de 419 processos em tramitação. Já na 2ª Vara, ocorreram 58 sessões de júri popular, resultando em 23 réus condenados e 25 absolvidos, com 453 processos pendentes. Enquanto isso, a 3ª Vara realizou 61 júris, dos quais 43 resultaram em condenação e 23 em absolvição, com um acervo de 673 processos para serem julgados.
O Conselho de Sentença do júri é composto por sete membros da sociedade civil, sorteados no início de cada sessão de julgamento. Cada unidade judicial faz o Alistamento Anual de Jurados com base em seu banco de dados. Nas pautas das sessões de julgamento publicadas pelas Varas do Júri, são sorteadas várias pessoas que irão compor os Conselhos de Sentença.
Além dos casos usuais de homicídio ou tentativa de homicídio, também foram julgados oito casos de feminicídio ao longo do ano de 2023. Em todos os julgamentos relativos a feminicídio, os acusados foram condenados.
Ainda na 3ª Vara do Júri, ocorreu o julgamento de Willamy Costa dos Santos, condenado a 11 anos de reclusão por tentativa de homicídio qualificado por feminicídio, contra a ex-namorada J.A.C., devido ao não aceite do fim do relacionamento. Também houve condenações a Domingos de Jesus Silva dos Santos, Nataniel da Conceição Bezerra, Marcos Vinicius Rocha, Leonardo Mendes Pereira Frazão, João Batista Abreu e Evandro Costa, envolvendo tentativas de feminicídio ou homicídio. Nesses casos, as penas variaram de acordo com a gravidade e circunstâncias do crime.
Por fim, o policial militar Carlos Eduardo Nunes Pereira foi condenado a 27 anos e seis meses de reclusão pelos assassinatos de sua ex-companheira Bruna Lícia Fonseca Pereira e de José Willian dos Santos Silva. Esse caso trouxe à tona questões delicadas, envolvendo a perda da função pública do réu devido à condenação na esfera criminal.