Em entrevista a uma Tv local, Aulinda afirmou que estava cumprindo ordens superiores ao ser demitida. Ela também alegou que o prefeito Eduardo Braide e o secretário Marco Duailibe, que também foi exonerado, estavam cientes da contratação da escola para a execução do Carnaval deste ano.
A demissão de Aulinda Mesquita Lima Ericeira levanta questões sobre a capacidade de chefes de gabinete e analistas jurídicos decidirem sobre valores altos, como os R$ 6,9 milhões do contrato para execução do Carnaval.
Além disso, o secretário Marco Duailibe também foi exonerado em meio às denúncias. O Diário Oficial do Município trouxe a exoneração do secretário de Cultura de São Luís, que assinou o contrato com a escola “Juju e Cacaia Tu és uma bênção”, localizada na Cidade Olímpica.
O contrato, no valor de R$ 6.996.731,60, foi assinado por Marco Duailibe e pela presidente do instituto, Aline Mayara Silva Messias. A instituição tem como atividades principais registradas as “associações de defesa de direitos sociais”, e como atividades restantes, “organizações associativas ligadas à cultura e à arte” e “atividades associativas não especificadas anteriormente”.
A escola também organiza atividades relacionadas à educação infantil e pré-escola, funcionando com calendário regular e promovendo a integração dos pais em algumas ações realizadas com os alunos durante o ano letivo.
Até o momento, o prefeito Eduardo Braide não se manifestou sobre o caso da contratação do instituto para organizar o Carnaval de São Luís. As exonerações decorrentes das denúncias também não receberam posicionamento público da parte do prefeito.
Essa situação levanta questionamentos sobre processos de contratação e a capacidade de tomada de decisão de representantes do poder público em relação a contratos de alto valor. Espera-se que o prefeito Eduardo Braide esclareça a situação e se posicione a respeito das exonerações e do contrato em questão.