Essa redução na previsão do IPCA para 2024 está dentro do intervalo da meta de inflação estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), que é de 3%, com um intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Dessa forma, o limite inferior é de 1,5% e o superior de 4,5%.
No entanto, em dezembro de 2023, a inflação do país foi registrada em 0,56%, com o IPCA encerrando o ano passado com uma alta acumulada de 4,62%, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Por meio da taxa básica de juros (Selic), o Banco Central busca atingir a meta de inflação. Após sucessivas reduções no segundo semestre de 2023, a inflação voltou a subir, levando o Comitê de Política Monetária (Copom) a cortar os juros quatro vezes durante esse período.
Os analistas esperam que a Selic seja reduzida para 11,25% durante a primeira reunião do Copom deste ano, e a previsão é de que a taxa encerre 2024 em 9%. Para os anos seguintes, a expectativa é que a Selic fique em 8,5% ao ano.
Além disso, as instituições financeiras mantiveram a projeção de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 1,6% para 2024, com expectativas de expansão de 2% para os anos seguintes. No terceiro trimestre de 2023, a economia brasileira cresceu 0,1%, acumulando uma alta de 3,2% entre janeiro e setembro.
Com relação ao câmbio, a previsão do dólar é de atingir R$ 4,92 no final deste ano, com projeção de R$ 5 para o fim de 2025.
A manutenção das projeções para a economia e as expectativas em relação à Selic e ao IPCA refletem a confiança e as análises detalhadas das instituições financeiras em relação ao cenário econômico do país. A divulgação do Boletim Focus fornece informações valiosas para investidores, empresários e demais agentes econômicos, contribuindo para uma melhor compreensão e tomada de decisão no mercado financeiro.