Os 36 pontos alcançados pelo Brasil em 2023 representam um desempenho considerado ruim, colocando o país abaixo da média global, que é de 43 pontos, da média regional para as Américas (43 pontos), da média dos Brics (40 pontos) e ainda mais distante da média dos países do G20 (53 pontos) e da OCDE (66 pontos). Segundo a Transparência Internacional, os anos dos presidentes Jair Bolsonaro e Luiz Inácio Lula da Silva deixaram marcas negativas, onde a destruição de marcos legais e institucionais anticorrupção foi profundamente impactada em poucos anos, e a reconstrução se mostrou como um desafio significativo.
A entidade também critica o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) por falhar na reconstrução dos mecanismos de controle da corrupção, bem como do sistema de freios e contrapesos democráticos. O ranking de países no Índice de Percepção de Corrupção mostra que a Dinamarca lidera com 90 pontos, seguida pela Finlândia (87 pontos) e Nova Zelândia (85 pontos).
No extremo oposto, países como Turcomenistão, Guiné Equatorial, Haiti, Coreia do Norte, Nicarágua, Iêmen, Sudão do Sul, Síria, Venezuela e Somália apresentam as menores pontuações, com destaque para as pontuações de 13 pontos dos três últimos. Estes dados revelam a dimensão global da corrupção e a disparidade entre os países no combate a este problema.
Os números divulgados pela Transparência Internacional sinalizam a necessidade urgente de medidas e ações efetivas para combater a corrupção e promover a transparência e integridade institucional no Brasil e em outros países ao redor do mundo. A divulgação do IPC de 2023 serve como um alerta e um chamado à ação para as autoridades e organizações empenhadas em promover a justiça e a governança transparente.