De acordo com Musk, em junho de 2023 ele já havia indicado que a empresa estava próxima de realizar os primeiros testes com seres humanos, e agora afirmou que o paciente está se recuperando bem, com resultados iniciais promissores na detecção de picos de neurônios.
A Neuralink, uma empresa de neurotecnologia fundada por Musk, obteve autorização da Agência de Alimentos e Medicamentos dos Estados Unidos (FDA) em maio de 2023 para realizar o primeiro estudo clínico em humanos. A proposta dos testes envolve a implantação de um dispositivo cerebral com a esperança de reverter condições incuráveis, como paralisia e cegueira.
No entanto, a autorização da FDA foi concedida apesar de investigações em curso relacionadas a falhas no manuseio de experimentos em animais, o que levantou questões sobre a ética e a segurança dos procedimentos realizados pela empresa.
A longo prazo, a visão da Neuralink é estabelecer uma “relação simbiótica” entre humanos e inteligência artificial, aproximando o pensamento humano da tecnologia e abrindo possibilidades para o aprimoramento das capacidades cerebrais.
Apesar do anúncio de Musk, especialistas citados pela Reuters afirmam que mesmo que a Neuralink comprove a segurança do dispositivo em humanos, ainda será necessário aguardar anos, potencialmente mais de uma década, para obter autorização para uso comercial.
Além disso, a empresa enfrenta concorrência de outras empresas de neurotecnologia que já implantaram dispositivos em pessoas. Deputados dos Estados Unidos solicitaram uma investigação sobre a composição do painel que supervisiona os testes em animais na Neuralink, questionando se contribuiu para experimentos malsucedidos e apressados.
Vale ressaltar que outras empresas, como a Synchron, já foram bem-sucedidas na instalação de dispositivos cerebrais em humanos, utilizando catéteres em vez de cirurgias, o que indica a existência de alternativas no mercado para esse tipo de tecnologia.