A preocupação se acentua com a predominância de infecções pelo sorotipo 1 da dengue, mas também com a detecção de casos do sorotipo 3, que não circulava de forma epidêmica no Brasil há mais de 15 anos. Como medida para conter o avanço das arboviroses, o governo autorizou o governador Romeu Zema a tomar ações administrativas, incluindo a aquisição de insumos e materiais e a contratação de serviços específicos para o atendimento da situação emergencial.
Além disso, foi instituído o Centro de Operações de Emergências de Arboviroses, que será coordenado pela Secretaria de Saúde de Minas Gerais para monitorar e gerenciar a situação de emergência no estado. O decreto terá validade por 180 dias.
No âmbito nacional, o Ministério da Saúde anunciou que 521 municípios foram selecionados para iniciar a vacinação contra a dengue por meio do Sistema Único de Saúde (SUS) a partir de fevereiro. As regiões escolhidas atendem a critérios como serem formadas por municípios de grande porte, com mais de 100 mil habitantes, e registrarem alta transmissão da doença, além de predominância do sorotipo DENV-2. No total, 16 estados, incluindo Minas Gerais, e o Distrito Federal têm cidades que se encaixam nos requisitos.
A vacina será destinada a crianças e adolescentes de 10 a 14 anos, faixa etária que apresenta maior número de hospitalizações por dengue. Os números revelam que, entre janeiro de 2019 e novembro de 2023, o grupo representou 16,4 mil internações, ficando atrás apenas dos idosos, para os quais a vacina ainda não foi autorizada. A decisão do governo em decretar a situação de emergência e iniciar a vacinação em diversas regiões do país reflete a preocupação com o controle e prevenção das arboviroses, visando a proteção da população contra essas doenças.