O público-alvo da imunização será formado por crianças e adolescentes de 10 a 14 anos, faixa etária que concentra o maior número de hospitalizações por dengue. De acordo com dados do Ministério da Saúde, esse grupo respondeu por 16,4 mil hospitalizações de janeiro de 2019 a novembro de 2023, ficando logo atrás dos idosos, para os quais a vacina não foi autorizada.
O esquema vacinal consistirá em duas doses, com um intervalo de três meses entre elas. O Brasil será o primeiro país do mundo a oferecer o imunizante no sistema público, marcando um pioneirismo nesse sentido. A vacina Qdenga, produzida pelo laboratório Takeda, foi incorporada ao SUS em dezembro do ano passado, após análise da Comissão Nacional de Incorporações de Tecnologias no SUS (Conitec).
Os municípios selecionados para a vacinação contra a dengue estão distribuídos por diversos estados brasileiros e estão inseridos em regiões consideradas endêmicas para a doença. Essa iniciativa visa conter a propagação do vírus da dengue e reduzir a incidência de casos graves da doença nessas localidades específicas.
A medida de incluir a vacinação contra a dengue no calendário do SUS demonstra o compromisso do governo brasileiro em priorizar a saúde da população, em especial das faixas etárias mais vulneráveis à doença. Essa ação representa um avanço significativo no combate à dengue e pode contribuir para a diminuição dos casos de hospitalizações e complicações relacionadas à infecção pelo vírus.