Durante a entrevista, o ministro destacou que a Casa Civil deverá realizar uma reunião ainda nesta semana para tratar do assunto e também informou que representantes das companhias aéreas serão recebidos pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. No entanto, Costa Filho não entrou em detalhes sobre as medidas em discussão.
Uma das informações trazidas pelo ministro foi a queda de quase 19% no custo do combustível utilizado pelas companhias aéreas em 2023, após quatro anos sem redução. Ele também criticou o alto nível de judicialização do setor no Brasil, que eleva os custos das companhias, descrevendo a situação como “insana” e destacando a necessidade de ser tratada.
Em relação às linhas de crédito, Costa Filho explicou que os financiamentos serão operacionalizados por meio do Fundo Nacional de Aviação Civil (FNAC) e do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
A situação financeira das companhias aéreas no Brasil tem sido desafiadora nos últimos anos, principalmente devido aos impactos da pandemia. A Latam, por exemplo, passou por um processo de recuperação judicial em 2022, saindo com um plano de restruturação de 8 bilhões de dólares. Enquanto isso, a Gol e a Azul também têm enfrentado dificuldades financeiras. A Azul realizou uma restruturação no ano passado.
Recentemente, a Gol foi alvo de rumores sobre a possibilidade de entrar com um pedido de recuperação judicial nos Estados Unidos, conforme uma reportagem do jornal Folha de S.Paulo, o que provocou uma queda nas ações da companhia aérea.
Diante desse cenário desafiador, o governo brasileiro está buscando maneiras de apoiar o setor aéreo e viabilizar a recuperação financeira das companhias, a fim de garantir a continuidade das operações e a oferta de voos para a população. As medidas discutidas pelo governo são aguardadas com expectativa pelo setor e poderão ter um impacto significativo na indústria da aviação civil no país.