Essa quantia representa cerca de 30% do orçamento destinado ao fundo eleitoral, refletindo um aumento substancial em comparação com a última eleição municipal em 2020, quando o então presidente Jair Bolsonaro sancionou um fundo de R$ 2,5 bilhões (considerando a inflação). O Fundo Especial de Financiamento de Campanha, conhecido como fundo eleitoral, é financiado pelo Tesouro Nacional e destina-se ao suporte financeiro das campanhas políticas.
Instituído em 2017 para compensar as restrições às doações de pessoas jurídicas pelo Supremo Tribunal Federal (STF), o montante para 2024 reflete o aumento nas necessidades de financiamento eleitoral. Projeções indicam que o PL receberá R$ 863 milhões, representando um aumento significativo de 467% em relação a quatro anos atrás. Enquanto isso, o PT terá à disposição R$ 604 milhões, refletindo um aumento de 138% em comparação com 2020. O terceiro partido com maior parcela será o União Brasil, com R$ 517 milhões.
A distribuição precisa dos fundos para os candidatos será determinada pelas lideranças partidárias, geralmente privilegiando políticos detentores de mandato. O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) divulgará os valores exatos no final de junho, e o processo de distribuição considerará a legislação que estabelece a divisão dos recursos entre as legendas. Além do fundo eleitoral, há o Fundo Partidário, que financia as atividades diárias dos partidos políticos.
Com o aumento significativo do fundo eleitoral, espera-se uma disputa acirrada nas eleições municipais deste ano, com partidos buscando fortalecer suas campanhas e aumentar sua representatividade. A previsão dos valores destinados aos partidos já gera debate entre as diferentes legendas, com reflexos no cenário político nacional. O desfecho deste processo influenciará diretamente o resultado das eleições municipais, sendo acompanhado de perto pelos analistas políticos e pela população em geral.