O inquérito aberto no Supremo por determinação de Alexandre de Moraes avalia “fortes indícios” da atuação de uma organização criminosa para atentar contra a democracia e o estado democrático de direito. Em outubro de 2023, Moraes incluiu o relatório final da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 janeiro nas investigações. O relatório marcou fim dos trabalhos da comissão e indiciou 61 pessoas, entre elas, Jair Bolsonaro.
O material contém 1,3 mil páginas e 7 terabytes de arquivos digitais, incluindo imagens, vídeos e diversos documentos que embasaram os indiciamentos. O inquérito vem gerando grande repercussão no âmbito político e jurídico do país, uma vez que o ex-presidente Jair Bolsonaro está entre os indiciados.
Essa prorrogação do prazo para as investigações demonstra o rigor e a complexidade do caso, que envolve um grande volume de materiais a serem analisados e aprofundados. A atuação das milícias digitais e a divulgação de desinformação nas redes sociais são temas que têm levantado preocupações quanto à influência e manipulação da opinião pública.
Além disso, a inclusão do relatório final da CPMI do 8 de janeiro nas investigações amplia o escopo do inquérito, trazendo mais elementos para análise e investigação por parte da Polícia Federal.
A decisão do ministro Alexandre de Moraes certamente despertará reações e debates acalorados, tanto por parte dos envolvidos no inquérito quanto por parte da sociedade civil. As próximas semanas serão marcadas por intensas análises e especulações em torno das investigações, que poderão ter desdobramentos significativos no cenário político e jurídico do país. O prazo adicional de 90 dias coloca mais pressão sobre a Polícia Federal para conclusão das investigações, o que certamente será acompanhado de perto por toda a sociedade.