A prisão foi realizada em cooperação entre policiais do Departamento de Combate ao Crime Organizado (DCCO), vinculado à Superintendência Estadual de Investigações Criminais (Seic), a Força Integrada de Combate ao Crime Organizado do Piauí (Ficco/PI), a Força Tática daquele estado e a Polícia Rodoviária Federal (PRF). O indivíduo foi abordado enquanto passeava na cidade do litoral piauiense em um automóvel de luxo, e posteriormente encaminhado para a Central de Flagrantes, em Parnaíba (PI), onde foi dado cumprimento ao mandado de prisão expedido pela justiça do Maranhão.
Além da prisão do foragido, a Operação Orlov resultou na apreensão de 17 armas de fogo, 545 munições, três veículos e a prisão de cinco pessoas, incluindo dois militares do Exército e um advogado. Também foi realizado o sequestro de R$ 350 mil em valores da organização criminosa.
A investigação teve início em maio de 2023 a partir da apreensão de uma arma de fogo com um traficante em São Luís, que também foi preso. Durante as diligências, a equipe de investigadores descobriu que o preso integrava o esquema criminoso como intermediador da aquisição de armas de fogo de forma ilegal. Além disso, também foi constatado que havia uma empresa aberta em nome de um laranja, que era utilizada para disfarçar as atividades ilegais.
Os militares do Exército envolvidos no esquema trabalhavam no setor responsável pelo registro de armas e, segundo as investigações, adquiriam o armamento de forma legal para posteriormente colocar em nome de laranjas e vendê-lo pelo dobro do preço no mercado clandestino.
A Operação Orlov cumpriu um total de 27 mandados de busca e apreensão, realizando diligências também em Ribeirão Preto (SP), Fortaleza (CE) e Parauapebas (PA). O trabalho resultou na apreensão de provas documentais, aparelhos celulares e na desarticulação de um perigoso grupo criminoso, que utilizava diversos métodos fraudulentos para operar suas atividades ilegais.