A cidade de Imperatriz, localizada no estado do Maranhão, está passando por uma crise no sistema de saúde devido a uma dívida superior a R$ 63 milhões. A situação resultou em greves por parte dos funcionários de 162 empresas prestadoras de serviços ao município, que buscam o pagamento de salários atrasados.
A prefeitura acumula uma dívida de R$ 63.092.582,82 até outubro de 2023, e alega ter iniciado os pagamentos às empresas de saúde. No entanto, a juíza Ana Lucrécia, da 2ª Vara da Fazenda Pública, contradiz essa afirmação, mencionando que apenas R$ 1 milhão foi depositado judicialmente em duas parcelas de R$ 500 mil, representando uma pequena parte do montante devido.
Uma das empresas afetadas é responsável pelos serviços de limpeza no Hospital Municipal Socorrão, e cobra um total de R$ 353.014,50 que não foram repassados. A falta de pagamento levou os funcionários a iniciar uma greve na última semana, interrompendo serviços essenciais.
Além disso, a juíza Ana Lucrécia destacou denúncias de funcionários da saúde sobre a falta de materiais essenciais para a continuidade dos serviços, inclusive casos em que cirurgias foram realizadas com improvisos devido à ausência de equipamentos adequados.
Porém, a Secretaria de Saúde de Imperatriz reafirmou que um acordo judicial previa o pagamento de quatro prestadoras de serviço, abrangendo clínica médica, neurológica, serviço de limpeza e recolhimento do lixo.
Diante dessa situação, diversos setores da saúde em Imperatriz estão sendo impactados, com greves e processos movidos por empresas que prestam serviços ao município. A população está enfrentando dificuldades de acesso a serviços de qualidade, e a crise no sistema de saúde se tornou uma preocupação para as autoridades locais. A falta de pagamento por parte da prefeitura tem gerado um cenário de incerteza e precariedade, colocando em risco a vida e a saúde dos cidadãos imperatrizenses.