O Instituto Estadual do Ambiente (Inea) explicou que a Baixada Fluminense está situada abaixo do nível do mar da Baía de Guanabara, o que gera inundações e dificuldade para escoar a água devido à sua localização geográfica. No entanto, Canedo argumenta que a Baixada é baixa e plana, mas isso não necessariamente implica inundações, citando exemplos da Holanda e Veneza. Ele destaca que o problema está na infraestrutura que não colabora para o escoamento correto da água.
O professor também menciona o Projeto Iguaçu, desenvolvido entre 2005 e 2006 para solucionar o problema das enchentes na Baixada Fluminense. Com investimento de R$ 270 milhões do governo federal em sua primeira etapa, o projeto visava recuperar ambientalmente as bacias da região. Segundo Canedo, o projeto foi interrompido devido à crise financeira do Brasil e do estado do Rio de Janeiro, mas ele acredita na possibilidade de retomada no futuro.
A falta de manutenção, a crise econômica e as chuvas em volume elevado são apontadas como as principais causas das enchentes na Baixada Fluminense. Canedo defende que, apesar das dificuldades enfrentadas pelo estado e pelo país, as conquistas alcançadas, como o Projeto Iguaçu, não devem ser abandonadas. Ele ressalta a importância de manter os investimentos nesse tipo de projeto para evitar que problemas existentes se agravem.
O Projeto Iguaçu tinha como objetivo a realização de obras físicas e serviços para controlar as inundações na região, considerando a bacia hidrográfica como um todo. Segundo Canedo, isso evitaria o deslocamento dos problemas para outras áreas. Ele acredita que, com a recuperação financeira do país, os investimentos voltarão a ser feitos para solucionar o problema das enchentes na Baixada Fluminense.