O senador justifica o projeto argumentando que as avaliações devem buscar a imparcialidade, selecionando candidatos com base em critérios técnicos e promovendo o pensamento crítico, independentemente do viés ideológico dos examinadores. Cleitinho baseia sua proposta em episódios passados, como a tentativa de anulação de questões do Enem por parte da bancada do agronegócio e oposição ao governo, que alegaram que as questões continham críticas ideológicas sem critério científico.
Um dos exemplos citados é uma questão que fazia referência ao Cerrado, colocando em questão o conhecimento local subordinado à lógica do agronegócio, o que gerou controvérsia por parte da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), que cobrou explicações do ministro da Educação à época. O senador ressalta que a utilização dessas questões pode influenciar o que é ensinado nas escolas e coloca em risco o sistema educacional.
A proposta de Cleitinho levanta debates sobre a neutralidade ideológica nas provas e exames de seleção pública. A discussão sobre a presença de viés ideológico em questões de exames nacionais é recorrente e levanta questionamentos sobre a imparcialidade nas avaliações.
A proposta, no entanto, ainda não foi encaminhada para análise das comissões, e a sua eventual aprovação pode impactar significativamente a elaboração e aplicação de provas como o Enem e concursos públicos, trazendo mudanças na forma como temas sensíveis e controversos são abordados. A defesa da neutralidade ideológica nas avaliações é uma discussão que continua a gerar polêmica e pode resultar em mudanças significativas no sistema educacional e seletivo do país.