As manobras militares ocorrem próximo do aniversário de dois anos da invasão da Ucrânia pelas tropas de Vladimir Putin, fato que aumenta a relevância e o tom de alerta em relação à segurança na região. Além disso, a participação da Suécia, que busca uma vaga na aliança militar e enfrenta forte oposição da Rússia, acrescenta um elemento de tensão às atividades.
O exercício contará com a presença de 90 mil militares, o maior contingente mobilizado pela Otan em décadas. Serão utilizados cerca de 50 navios de guerra, 80 aviões e 1.100 veículos de combate de todos os tipos, superando até mesmo o histórico exercício “Reforger” realizado em 1988, em plena Guerra Fria entre a União Soviética e a Aliança Atlântica.
O Reino Unido confirmou o envio de 20.000 soldados das forças terrestre, naval e aérea para participar das manobras, reforçando sua postura defensiva e preparação para possíveis agressões russas. Segundo o secretário da Defesa britânico, Grant Shapps, cerca de 16.000 soldados, além de equipamentos como tanques, artilharia e helicópteros, serão enviados especialmente para a Europa de Leste neste contexto.
Desde o início da incursão russa em grande escala na Ucrânia, a Otan vem reforçando suas defesas na região, enviando milhares de soldados para a frente oriental. Rob Bauer, chefe do comitê militar da Otan, destacou que as forças terrestres russas sofreram pesadas baixas em solo ucraniano, mas ressaltou que a Marinha e a Força Aérea russas continuam representando uma ameaça considerável.
As manobras militares da Otan, planejadas para o mês de maio, representam uma demonstração clara de determinação e união por parte dos membros da aliança. A intenção é proteger seus valores e a ordem internacional, mostrando-se preparados para enfrentar qualquer ameaça que venha a surgir.
Com informações da Agência Lusa.