Além disso, mais de 18 mil acordos entre as pessoas afetadas e a empresa foram homologados pela 3ª Vara Federal de Maceió, que também está envolvida no caso. No entanto, o CNJ divulgou que algumas vítimas que sofreram as consequências do afundamento do solo estão insatisfeitas com os valores das indenizações pagas pelos imóveis e pelos danos morais.
Uma comitiva do CNJ chegou a Maceió para inspecionar a tramitação do caso Braskem e se reuniu com o governador de Alagoas, Paulo Dantas, para estipular um plano operacional que visa reforçar as equipes da Justiça Federal de Alagoas, onde os processos relacionados ao caso estão em andamento. A Secretaria da Fazenda de Alagoas também apresentou cálculos indicando que os prejuízos causados ao estado podem chegar a R$ 30 bilhões.
Nesta quinta-feira, a comitiva do CNJ está prevista para se reunir com o presidente da Assembleia Legislativa de Alagoas e o defensor público-geral do estado, Carlos Eduardo de Paula Monteiro, como parte dos esforços para identificar maneiras de agilizar a tramitação dos processos e fornecer respostas à população afetada. A secretária-geral do CNJ, Adriana Cruz, destacou que a visita tem como objetivo garantir que os processos sejam tratados com eficiência.
A comitiva do CNJ inclui também o corregedor-nacional de Justiça, ministro do STJ Luis Felipe Salomão, e membros do Observatório de Causas de Grande Repercussão, mantido em conjunto pelo CNJ e pelo Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP). A atenção ao caso Braskem foi classificada como de grau 3 pelo colegiado, o que prevê acompanhamento contínuo junto às autoridades competentes.