Os atletas de remo do Vasco praticam o esporte na Lagoa Rodrigo de Freitas, na zona sul, e o adolescente voltava do treino para sua casa, no Morro do Tuiutí, na zona norte. Ele foi retirado do ônibus por policiais militares e levado para a delegacia.
O clube emitiu uma nota oficial em suas redes sociais, onde registrou o boletim de ocorrência que enquadrava o jovem como ‘adolescente infrator’, acusado de furtar um aparelho de telefone celular. O Vasco afirmou que o fato do jovem se apresentar como atleta do Vasco da Gama e mostrar documento do clube foi desconsiderado pela autoridade policial, que não fez contato com o Vasco da Gama.
Diante do caso, o CRVG informou que acionou seu departamento jurídico para atuar em representação do jovem remador buscando a indispensável reparação da injustiça praticada. A Defensoria Pública do Estado do Rio de Janeiro também foi procurada pela família do atleta e está com o caso, segundo a assessoria de imprensa do órgão.
A assessoria de imprensa da Secretaria de Estado de Polícia Militar confirmou que os policiais detiveram o adolescente na noite da última segunda-feira. Os policiais militares teriam sido acionados para atender uma ocorrência de furto na Avenida Presidente Vargas, no centro do Rio de Janeiro.
Durante a ação, os agentes localizaram dois aparelhos de telefone celular com o grupo de adolescentes abordados pelos policiais. Os telefones foram devolvidos às vítimas, porém, uma delas não reconheceu os envolvidos como autores do furto. Os adolescentes foram conduzidos à 4ª Delegacia de Polícia, onde o fato foi registrado e, posteriormente, todos foram liberados.
O comando do Batalhão da Polícia Militar instaurou um procedimento apuratório para analisar a conduta dos policiais envolvidos. A PM ressaltou que não compactua com qualquer desvio ou ato discriminatório cometido por policiais militares.
O Vasco da Gama afirmou que não permitirá que o nome de seu atleta seja maculado e está dando todo o apoio à sua família. A Defensoria Pública está acompanhando o caso e o primeiro atendimento está marcado para os próximos dias. Este é mais um caso que levanta questões sobre abuso de poder e discriminação racial, reforçando a importância de medidas preventivas e ações educativas para combater o preconceito.