A ação foi protocolada para cobrar dos militares o valor da indenização paga pelo governo federal aos familiares das vítimas. Em setembro de 2020, a AGU firmou um acordo com os parentes para o repasse dos valores em função dos danos causados pelos militares.
De acordo com a AGU, os militares agiram de forma imprudente ao efetuarem centenas de disparos de armas de fogo contra pessoas inocentes, o que motivou a decisão de acioná-los na Justiça para reaver os valores pagos pelo governo federal.
Em 2021, os militares envolvidos no assassinato foram condenados pela Justiça Militar. Segundo a acusação, os militares dispararam contra o carro onde estava Evaldo, um Ford KA branco, enquanto buscavam os autores de um roubo. O sogro do músico foi ferido na ação, mas sua mulher, seu filho e uma amiga que também estavam no veículo não foram atingidos.
O catador de recicláveis Luciano foi baleado ao tentar socorrer Evaldo e morreu 11 dias depois no hospital. A tragédia causada pela ação dos militares gerou comoção e revolta na sociedade, levando a novos questionamentos sobre a atuação das forças armadas em operações de segurança pública.
A decisão da AGU de acionar os militares na Justiça Federal do Rio de Janeiro representa mais um desdobramento desse caso que chocou o país e levantou debates sobre o uso da força policial e militar em operações de segurança. A cobrança dos valores pagos pelo governo federal demonstra a intenção de responsabilizar os envolvidos e buscar justiça para as vítimas e seus familiares.