No entanto, a decisão tem causado descontentamento entre os ciclistas que utilizam a área diariamente. Eles alegam ter sido surpreendidos com a proibição, que foi sinalizada com a instalação de placas ao longo da ciclovia de 6 km. Além disso, a restrição se estende a outras avenidas da cidade, como a São Luís Rei de França, no bairro Turu, onde a ciclofaixa foi removida devido a uma obra da Prefeitura.
A falta de sinalização e a remoção de ciclovias são apontadas como problemas que afetam a mobilidade urbana na capital maranhense. De acordo com a Associação Brasileira do Setor de Bicicletas, São Luís possui apenas 40 km de vias destinadas a ciclistas, o que a coloca como a quarta capital com menor extensão sinalizada no país. A situação contrasta com cidades como Macapá (AP), com 18 km, Porto Velho (RO), com 23,53 km, e Manaus (AM), com 26,15 km de ciclovias.
A preocupação com a segurança dos ciclistas ganha ainda mais relevância diante dos três acidentes fatais envolvendo ciclistas em avenidas de São Luís nos últimos seis meses. Esses incidentes destacam um sério problema de mobilidade urbana na cidade, evidenciando a necessidade de mais infraestrutura cicloviária para garantir a segurança dos usuários.
Diante desse cenário, a proibição da circulação de ciclistas na Avenida Litorânea e a falta de investimento em infraestrutura cicloviária têm gerado debates e críticas por parte de ativistas e entusiastas do ciclismo na cidade. Resta saber se as autoridades irão rever a decisão e buscar soluções para melhorar a mobilidade urbana dos ciclistas na capital maranhense.