Os municípios de Balsas e Alto Parnaíba, localizados no Sul do Maranhão, se destacaram no ranking do desmatamento de cerrado. Balsas foi o terceiro no país, com 319,08 km² de áreas abertas, impulsionado pela intensa atividade do agronegócio. Logo atrás, Alto Parnaíba registrou 255,55 km² desmatados. Esses números evidenciam uma tendência preocupante de crescimento do desmatamento no cerrado, em contraste com a diminuição observada na Amazônia. Pela primeira vez, o cerrado superou a Amazônia em desmatamento.
Essa realidade tem gerado preocupação em entidades ligadas aos trabalhadores rurais, que alertam para os impactos ambientais e a expulsão de comunidades tradicionais. A Secretaria de Meio Ambiente do Maranhão está acompanhando de perto essa situação e já iniciou investigações sobre o aumento do desmatamento. Um processo administrativo também está em andamento contra uma empresa por irregularidades ambientais.
O desmatamento no cerrado do Maranhão representa uma ameaça não apenas para o meio ambiente, mas também para as comunidades que dependem desse bioma para sua subsistência. A intensificação da atividade do agronegócio na região tem contribuído para o avanço do desmatamento, o que evidencia a necessidade de um olhar mais atento e ações efetivas para coibir essa prática prejudicial.
É fundamental que medidas sejam tomadas para conter o desmatamento no cerrado do Maranhão e preservar esse importante bioma, que desempenha um papel crucial na manutenção da biodiversidade e na regulação do clima. A conscientização, fiscalização e a implementação de políticas ambientais eficazes são essenciais para evitar danos irreparáveis a esse ecossistema fundamental para o equilíbrio ambiental.