O novo ministro da Justiça e Segurança Pública se aposentou em abril de 2023, aos 75 anos, idade máxima para ocupar uma cadeira no STF. Ele foi indicado por Lula em 2006 e agora retorna ao cenário político para assumir uma das pastas mais importantes do governo. Lewandowski solicitou carta branca para escolher os membros da própria equipe e pediu que a pasta não fosse dividida, o que gerou desacordo em relação ao cargo de secretário-executivo da Justiça, atualmente ocupado por Ricardo Capelli.
Durante sua passagem pelo Supremo Tribunal Federal, Lewandowski atuou em matérias de grande relevância para o direito penal, demonstrando um perfil garantista. Ele foi responsável por decisões como a implementação da audiência de custódia no país, que deve avaliar as condições do preso e do ato da prisão em até 24 horas após a detenção. Com o ingresso de Lewandowski, a expectativa é de que a gestão do sistema prisional e a investigação criminal conduzida pela Polícia Federal sofram mudanças significativas.
Ricardo Capelli, que também estava na disputa pelo cargo, possuía um papel considerado mais operacional, com a criação de estratégias para reduzir a violência e o poder das organizações criminosas. No entanto, sua expectativa em relação ao cargo esfriou nas últimas semanas.
A indicação de Lewandowski para o Ministério da Justiça e Segurança Pública reflete uma movimentação relevante no cenário político brasileiro, e a expectativa é de que sua atuação traga impactos significativos para a área. A nomeação de um ex-ministro do STF para comandar uma das pastas mais importantes do governo gera debates e reflexões sobre os rumos da área da justiça e segurança pública no país.