Atendendo ao pedido do presidente Lula, Dino, que assumirá vaga no STF em fevereiro, se encarregará pessoalmente do processo de transição no Ministério da Justiça. Por outro lado, o Diário Oficial da União publicou ontem a exoneração do secretário do Ministério da Justiça, Diego Galdino, que já havia sido secretário de Cultura no governo de Flávio Dino, assim como Capelli ocupou o cargo de secretário de Comunicação, ambos filiados ao PSB, partido que serve como abrigo partidário para o futuro ministro do STF.
Lula expressou sua satisfação com as mudanças, afirmando que era um dia feliz para ele, elogiando a atuação de Dino na Justiça brasileira e comemorando a aceitação de Lewandowski para comandar o Ministério da Justiça. Ele ainda brincou, mencionando que Dino ocupará a cadeira deixada por Rosa Weber e que Lewandowski ficará com a cadeira deixada pelo próprio Dino.
A saída de Dino e a nomeação de Ricardo Lewandowski irão impactar as filiações partidárias no ministério, já que o PSB perderá a titularidade da pasta. Essa situação pode levar a mais membros do partido a deixar o ministério. Além disso, consta que Andrei Augusto Passos Rodrigues, diretor-geral da Polícia Federal, e Antônio Fernando Souza Oliveira, diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal, possivelmente permanecerão em seus respectivos cargos. Ainda em relação às mudanças, o ex-ministro do STF aceitou o cargo na Esplanada com a condição de ter liberdade para nomear toda a sua equipe de trabalho.