Segundo informações do Palácio do Itamaraty, o anúncio do apoio brasileiro à denúncia foi feito em uma nota oficial à imprensa, que ressaltou a importância do engajamento do Brasil em questões internacionais como essa. O posicionamento dá força à iniciativa da África do Sul de levar o caso à CIJ, buscando uma determinação para que Israel cesse imediatamente os atos e medidas considerados como genocídio ou crimes relacionados.
A decisão do presidente brasileiro veio logo após um encontro com o embaixador da Palestina no Brasil, Ibrahim Alzeben, para discutir a situação dos palestinos na Faixa de Gaza e na Cisjordânia. Lula destacou a condenação imediata pelo Brasil dos ataques do grupo Hamas, mas ressaltou que tais atos não justificam o uso indiscriminado e desproporcional de força por parte de Israel contra civis. De acordo com a nota do Itamaraty, mais de 22 mil pessoas perderam suas vidas, sendo a maioria mulheres e crianças, além de 7 mil desaparecidos.
O presidente brasileiro também destacou os esforços feitos pessoalmente, juntamente com outros líderes mundiais, pelo cessar-fogo, pela libertação de reféns em poder do Hamas e pela criação de corredores humanitários para a proteção dos civis. O Palácio do Itamaraty ressaltou a atuação do Brasil no exercício no Conselho de Segurança por uma saída diplomática para o conflito.
Além do apoio à denúncia contra Israel, o governo brasileiro reiterou a defesa da solução de dois Estados, com um Estado Palestino economicamente viável convivendo lado a lado com Israel, em paz e segurança, dentro de fronteiras mutuamente acordadas e internacionalmente reconhecidas, que incluem a Faixa de Gaza e a Cisjordânia, tendo Jerusalém Oriental como sua capital.
O presidente Lula demonstrou, com essa manifestação de apoio, a preocupação do Brasil com a situação dos palestinos e seu posicionamento em temas de relevância internacional. A decisão também reflete a busca por soluções diplomáticas para conflitos que afetam a paz e segurança global.