Segundo o secretário-adjunto de Trabalho e Renda da Seap, Antônio Felipe de Farias, a parceria com a Secretaria de Estado de Educação (Seduc) é de longa data, e a meta anual é fornecer até 500 mil conjuntos de fardamento para o ensino regular estadual. Além disso, há uma colaboração recente com a Polícia Militar e o Corpo de Bombeiros, que evidencia o compromisso do governo com o avanço do sistema prisional.
Farias destaca que iniciativas como a malharia proporcionam uma ocupação produtiva dentro da prisão e geram remuneração para as internas, permitindo que contribuam financeiramente com suas famílias fora do ambiente prisional. Um ponto crucial na abordagem de ressocialização adotada pelo sistema penitenciário maranhense é a autonomia na produção de fardamentos. O fardamento do sistema prisional maranhense é produzido pelos próprios internos, tanto o masculino, quanto o feminino e os uniformes de trabalho. A cada três meses, são produzidos 24 mil conjuntos para os internos.
Além da produção de fardamento, o sistema penitenciário do Maranhão contribui de outras formas para o estado e a sociedade, como a fabricação de ovos de Páscoa, barracas de palha, panetones, móveis escolares e blocos de concreto para pavimentação de vias em todo o estado.
A coordenadora de Ensino Profissionalizante da Unidade Prisional de Ressocialização Feminina (UPFEM), Flávia Matos, explicou que a unidade faz a seleção das mulheres aptas às frentes de trabalho, que passam por um treinamento de três meses para administrar as produções. Elas são incluídas no processo de remição de pena e remuneração.
Todo esse esforço do governo do Maranhão busca proporcionar oportunidades de reinserção social e produtiva aos detentos, contribuindo para a construção de um sistema prisional mais justo e eficaz. A ressocialização através de programas de capacitação profissional e parcerias estratégicas tem sido uma forma inovadora do estado lidar com o sistema penitenciário.