A tecnologia empregada na vacina Zalika é chamada recombinante, por ter suas moléculas formadas pela combinação de duas fontes diferentes. O antígeno de proteína S (spike) é uma das substâncias presentes na vacina, pois é capaz de promover resposta do sistema imunológico. Além disso, a vacina contém um adjuvante à base de saponina, que permite a mistura que potencializa a produção dos anticorpos. Essa forma de produção traz mais segurança para dentro da indústria farmacêutica, explica a Anvisa.
De acordo com a Anvisa, a vacina apresentou eficácia na fase 3 de estudo, com variação entre 79,5% e 90,4%. A nova vacina é o sexto imunizante a receber o registro individual definitivo da Anvisa. Além dela, outras vacinas como Comirnty Ipfizer/Wyeth, Jansses Vaccine, Oxford/Covishield, e Spikevax bivalente também possuem autorização da agência reguladora. A CoronaVac (Butantan) também é autorizada para uso no país, mas apenas para modalidade emergencial.
A vacina recombinante Zalika é monovalente para o vírus SarsCov-2 original e ainda não é capaz de imunizar contra a variante XBB 1.5, conforme a atual recomendação feita pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Por isso, ainda passará por atualização este ano, para cumprir um termo firmado entre o órgão regulador brasileiro e a farmacêutica.
Para ser incorporada ao Programa Nacional de Imunizações (PNI), mantido pelo governo federal, a vacina recombinante Zalika ainda precisará passar por uma avaliação do Ministério da Saúde.
É importante ressaltar que a aprovação da vacina Zalika representa mais um passo no combate à pandemia de covid-19, oferecendo à população mais uma opção de imunização. Ainda assim, é fundamental que as autoridades sanitárias avaliem minuciosamente a segurança e a eficácia da vacina antes de incorporá-la ao programa de imunização do país.