O coordenador nacional da Central de Movimentos Populares (CMP) e membro da coordenação nacional da FBP, Raimundo Bomfim, enfatizou a importância de não conceder anistia aos envolvidos no golpe, sejam eles quem praticou os atos, depredou bens públicos, quem planejou ou financiou o golpe. Bomfim afirmou que é necessário investigar e processar até mesmo o ex-presidente Jair Bolsonaro, alegando que ninguém teria realizado a tentativa de golpe sem o envolvimento do ex-presidente e dos militares.
Um ano após os eventos, 66 dos mais de dois mil detidos continuam presos pela incitação, financiamento e execução dos atos. Os demais investigados foram soltos, porém, tiveram a prisão substituída por medidas cautelares, como o uso de tornozeleira eletrônica, proibição de sair do país e apresentação semanal à Justiça. Marcelo Correia, da União de Negras e Negros pela Igualdade (Unegro), ressaltou a importância de manter a democracia intacta e destacou que é na democracia que é possível avançar politicamente e combater questões como o racismo, a dignidade humana, o acesso à educação, à saúde e à cultura.
Diversas entidades estiveram presentes na manifestação, como a Central Única dos Trabalhadores (CUT), o Partido dos Trabalhadores (PT), parlamentares do Psol, Unidade Popular pelo Socialismo (UP), União Nacional dos Estudantes (UNE) e o Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST). A presença de tantas organizações mostra a diversidade de apoio à causa e o desejo por justiça e responsabilização dos envolvidos na tentativa de golpe. A manifestação demonstrou a força da sociedade civil em cobrar por justiça e manter a democracia brasileira intacta.