A exposição também contará com a apresentação de objetos restaurados, como os azulejos do painel Ventania, de Athos Bulcão, e oito presentes protocolares recebidos de países estrangeiros, como vasos e esculturas. No catálogo da exposição, a Câmara dos Deputados explica o contexto das manifestações, afirmando que o objetivo último dos invasores era a deposição do presidente que havia iniciado o mandato na semana anterior, o fechamento do Congresso Nacional e a tomada do poder, contando com suposto apoio militar.
Além disso, os objetos danificados e restaurados pela Coordenação de Preservação de Conteúdos Informacionais (Cobec) da Câmara serão apresentados como testemunhas da história recente do Brasil. A ideia é mostrar que, assim como os seres vivos, os objetos também carregam em si os sinais da passagem do tempo e dos traumas vivenciados.
Na exposição, dos 46 presentes em exibição no dia da invasão, quatro sofreram danos extremamente graves, 10 sofreram danos significativos, e dois estavam desaparecidos, sendo um deles posteriormente devolvido ao acervo da casa. Essas peças danificadas continuarão em exposição, carregando as marcas do que viveram como forma de testemunho dos acontecimentos do dia 8 de janeiro de 2023.
Para cumprir esse papel de testemunhas da história, foram mantidas nas peças algumas marcas da destruição. As peças continuarão carregando suas cicatrizes como forma de contar a história do que passaram durante a invasão. A exposição será inaugurada na próxima segunda-feira e está aberta ao público interessado em conhecer mais sobre os acontecimentos do dia 8 de janeiro de 2023, que marcaram a história do Brasil.