A vacina foi criada pela Fundação para o Desenvolvimento Científico e Tecnológico em Saúde (Fiotec), que presta serviços de apoio logístico, administrativo e gestão financeira aos projetos desenvolvidos pela Fiocruz. Os recursos do BNDES correspondem à conclusão do desenvolvimento experimental do imunizante, à produção de lotes piloto para ensaios clínicos e à realização dos estudos clínicos de Fase 1.
Segundo o BNDES, a expectativa é de que a vacina esteja disponível no Sistema Único de Saúde daqui a 3 anos. A tecnologia de RNAm é considerada uma revolução na medicina, pois oferece uma “instrução” genética para o sistema imunológico produzir anticorpos. Esta tecnologia é mais segura, rápida e eficiente para o desenvolvimento de novas vacinas e tratamentos, em comparação com as vacinas tradicionais que utilizam vírus inativado ou atenuado.
A vacina de RNAm desenvolvida pela Fiocruz pode proporcionar uma solução mais adequada para enfrentar emergências em saúde pública. Além disso, o valor mais acessível de desenvolvimento e o alto rendimento com a produção de muitas doses por litro são outras vantagens dessa tecnologia.
O investimento na vacina de RNAm da Fiocruz contribui para aumentar a autonomia do Brasil na área de saúde. A expectativa é que a vacina a ser produzida no Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos BioManguinhos/Fiocruz transforme a fundação no principal centro para o desenvolvimento e produção de vacinas de RNAm na América Latina.
Os pesquisadores responsáveis pelo desenvolvimento da plataforma de RNAm na Fiocruz já analisam a possibilidade de sua aplicação em vacinas preventivas para outras doenças.
Em resumo, a criação da vacina de RNAm pela Fiocruz em parceria com o BNDES é um marco na área da saúde e promete trazer benefícios não apenas ao Brasil, mas também à América Latina. Com uma tecnologia revolucionária e promissora, a vacina tem potencial para impactar positivamente o combate a doenças e emergências de saúde pública em todo o mundo.