Essa descoberta levantou preocupações sobre os potenciais riscos à saúde associados à presença desses produtos químicos nos alimentos. Os plastificantes e o bisfenol A (BPA), outro produto químico derivado do plástico, podem ter efeitos negativos à saúde, como aumento do risco de câncer, problemas de desenvolvimento e infertilidade.
A associação alerta para a preocupação com a presença generalizada de plásticos em alimentos, já que esses produtos químicos podem afetar a saúde humana de várias formas. Eles podem interferir na produção e regulação de hormônios e contribuir para um risco aumentado de vários problemas de saúde, como defeitos congênitos, câncer, diabetes, infertilidade, problemas de desenvolvimento neurológico, obesidade e outras condições de saúde.
Segundo o pediatra Philip Landrigan, diretor do Programa para a Saúde Pública Global e o Bem Comum do Boston College, os problemas relacionados à exposição constante a esses produtos químicos normalmente se desenvolvem lentamente ao longo de décadas. Ele compara a situação a um acidente de avião, onde as pessoas morrem ao longo de muitos anos.
Além disso, a exposição constante a bisfenóis e ftalatos significa que esses produtos químicos entram no sangue e tecidos quase tão rapidamente quanto são eliminados, e seus efeitos nocivos podem ser cumulativos. Isso levanta preocupações sobre a impossibilidade de evitar completamente esses produtos químicos e a potencial exposição constante a eles.
Embora os níveis de plastificantes encontrados nos alimentos não tenham excedido os limites estabelecidos pelas agências reguladoras dos EUA e da Europa, a presença generalizada desses produtos químicos levanta questionamentos sobre a segurança alimentar e a proteção da saúde dos consumidores. Assim, a conscientização e regulamentação nesse sentido se tornam fundamentais para garantir a qualidade e segurança dos alimentos disponíveis no mercado.