Os projetos, que serão selecionados por meio de edital, devem apresentar soluções baseadas nos fundamentos das redes de atenção à saúde, com a capacidade de impactar os processos de atenção primária, integrando dados, novas tecnologias, saúde digital e inovação. As propostas com conclusão prevista até junho de 2026 podem solicitar apoio financeiro igual ou maior ao valor mínimo individual de R$ 2 milhões. Os investimentos fixos, como obras civis, instalações, aquisição de máquinas e equipamentos nacionais, além de capacitação e treinamento, estão entre os itens financiáveis.
Para participar, os proponentes precisam ser órgãos ou instituições prestadoras de serviços de saúde do SUS, pessoas jurídicas de direito privado sem fins lucrativos, sediadas no Brasil, com finalidade institucional compatível com os objetivos da iniciativa. As propostas já podem ser enviadas por meio do site da iniciativa.
A atenção primária em saúde (APS) é a principal porta de entrada do SUS e promove atendimento preventivo de doenças, além de solucionar casos médicos de baixa gravidade. A chefe do Departamento do Complexo Industrial e de Serviços de Saúde do BNDES, Carla Reis, ressaltou que o apoio do banco, aliado à participação da Umane, busca fortalecer a saúde pública e beneficiar os serviços oferecidos pelo SUS, principalmente para aqueles que mais necessitam.
O BNDES investirá R$ 10 milhões, enquanto a Umane investirá a mesma quantia, por meio do modelo de matchfunding, que permite a combinação do investimento público e privado. O Instituto para o Desenvolvimento Social (IDIS) será responsável pela gestão dos recursos, pela captação e seleção de projetos. A superintendente-geral da Umane, Thais Junqueira, destacou que o apoio à iniciativa Juntos pela Saúde fortalece o objetivo da instituição de ampliar o acesso à saúde e a resolutividade do sistema.
A diretora executiva do IDIS, Paula Fabiani, enfatizou que a união de esforços em prol de objetivos comuns é a grande força do matchfunding e representa um passo fundamental rumo às transformações almejadas. A iniciativa é vista como um importante suporte para a redução das desigualdades no acesso à saúde e um avanço rumo à melhoria do sistema de saúde pública nas regiões mais necessitadas do Brasil.