A origem do PRD está na fusão do Patriota e do Partido Trabalhista Brasileiro (PTB), autorizada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) como uma resposta à cláusula de barreira. O comando do novo partido está sob a liderança de Ovasco Resende, que anteriormente fazia parte do Patriota, e diferentemente do PTB, não conta com a influência de Roberto Jefferson, figura controversa que já foi um dos principais nomes do antigo partido.
A junção do PTB, em crise desde as últimas eleições, com o pequeno e representativo Patriota, criou um partido de grande porte em termos de filiação. O PRD conquistou a posição de terceiro maior partido do país, deixando para trás o PSDB, que conta com 1,31 milhão de filiados e agora busca por uma nova identidade para recuperar seu espaço nas eleições de 2024.
A fusão garante ao PRD o acesso ao Fundo Partidário, uma vez que as duas siglas originalmente não conseguiram eleger o número suficiente de congressistas para alcançar a cláusula de desempenho estabelecida. Com isso, o novo partido tem a possibilidade de acessar recursos públicos considerando os votos válidos recebidos por ambas as siglas no Brasil nas eleições de 2022.
O PTB elegeu apenas um deputado, enquanto o Patriota conseguiu eleger quatro nas últimas eleições. Um dos desafios enfrentados pelo PTB foi a fraca votação de seu candidato à Presidência, Padre Kelmon, que ficou em 7º lugar com 81.129 votos. Além disso, o partido também enfrentou problemas com a figura de Roberto Jefferson, que foi preso pela Polícia Federal em outubro de 2022 após confronto com policiais.
Com a fusão oficializada, o PRD agora tem acesso aos recursos combinados do Fundo Partidário, que estavam bloqueados pelo TSE até a confirmação do processo de fusão. Dessa forma, o partido terá mais recursos para tentar aumentar sua representatividade nas eleições de 2024, consolidando ainda mais sua presença no cenário político nacional.