O guia, chamado Bem-Estar Animal: Guia Remab de Eutanásia de Cetáceos e Sirênios – Redução do Sofrimento Animal, foi lançado no dia 3 de maio. Ele foi elaborado pela Rede de Encalhes e Informação de Mamíferos Aquáticos do Brasil (Remab) do ICMBio e tem como público-alvo instituições, pesquisadores e profissionais que atuam no resgate de mamíferos aquáticos em todo o litoral do Brasil e na região Amazônica.
O Brasil possui uma grande diversidade de mamíferos aquáticos, incluindo diversas espécies de cetáceos, sirênios e pinípedes. Por isso, a iniciativa do ICMBio é fundamental para garantir o bem-estar desses animais. A prática de eutanásia em mamíferos aquáticos só deve ocorrer quando o resgate não é viável e o animal está em condição irreversível de sofrimento.
O guia explica que a eutanásia deve ser realizada por um médico-veterinário qualificado e com experiência, de forma a garantir a segurança e humanidade do procedimento. Além disso, são apresentados métodos químicos e físicos para a realização da eutanásia, sempre respeitando as condições do animal e visando reduzir o sofrimento.
Para garantir a compreensão da prática da eutanásia, o guia recomenda a realização de um trabalho de comunicação explicando os motivos da escolha desse procedimento, bem como os passos que serão realizados. Após a eutanásia, é necessário confirmar a morte do animal antes de realizar o descarte da carcaça ou o procedimento de necropsia.
Como no Brasil não existe uma regulamentação que oriente o descarte adequado de carcaças de mamíferos aquáticos, o guia recomenda medidas como o enterro em aterros sanitários, a eliminação no mar, a incineração e a compostagem, visando evitar a contaminação ambiental.
Portanto, o lançamento do guia pelo ICMBio é um passo importante para garantir o bem-estar e a preservação da biodiversidade dos mamíferos aquáticos no Brasil, contribuindo para a redução do sofrimento desses animais em situações de encalhe.