De acordo com o governo, o adiamento foi necessário para concluir o processo de implementação do sistema e evitar que a exigência começasse durante a alta temporada de viagens de fim e início de ano. O objetivo é garantir uma introdução segura da medida, sem impactar negativamente o setor de turismo. A nota divulgada pela assessoria do Palácio do Planalto ressaltou a preocupação em minimizar as consequências para o setor.
É importante lembrar que em 2019, o ex-presidente Jair Bolsonaro editou um decreto que isentava os cidadãos do Canadá, Austrália, Estados Unidos e Japão da exigência de visto para turismo no Brasil, mas sem reciprocidade. Ou seja, os turistas brasileiros continuaram precisando de visto para entrar nesses países.
No entanto, em setembro do ano passado, entrou em vigor a dispensa de vistos para turismo no Japão para os brasileiros, após um acordo assinado durante a Cúpula do G7, realizada em Hiroshima. A retomada da exigência de visto é uma medida baseada no princípio da reciprocidade historicamente adotado pela diplomacia brasileira.
A mudança nas regras de entrada de turistas estrangeiros no Brasil tem gerado discussões e impactos no setor de turismo. A prorrogação da retomada da exigência de visto para o dia 10 de abril certamente terá desdobramentos e será acompanhada de perto por autoridades, especialistas e empresários do ramo. A expectativa é que o adiamento proporcione mais tempo para adequação e que seja feito de forma a minimizar possíveis impactos negativos.