Esse cenário atinge seu ponto crítico durante o período de fim de ano e início de janeiro, o que levou muitos no meio médico a denominarem essa situação como a “Síndrome do Fim de Ano” ou dezembrite.
O Dr. Vicente Beraldi Freitas, médico e consultor em saúde da Moema Assessoria em Medicina e Segurança do Trabalho, explicou que, conforme nos aproximamos do fim do ano, um período em que muitos refletem sobre suas realizações anuais e estabelecem novas metas, é natural que surjam sentimentos conflitantes. Enquanto alguns encontram felicidade e satisfação, outros podem sentir-se insatisfeitos, tanto pessoal quanto profissionalmente, o que pode desencadear problemas de saúde mental.
Diversos fatores contribuem para esses casos de depressão e ansiedade no final do ano, incluindo rupturas pessoais, dificuldades financeiras, perda de entes queridos e frustrações no trabalho, entre outros.
Ivana Teles, psicóloga da HapVida Notredame Intermédica, explicou que as pessoas ficam mais reflexivas durante esse período. Ela ressaltou que muitos se questionam sobre suas conquistas ao longo do ano, o que pode gerar cobranças e momentos de baixa, tristeza e saudade. Para a psicóloga, é importante que as pessoas analisem o motivo pelo qual se sentem tristes e ansiosas e busquem apoio profissional, se necessário.
Ela orienta que, se a pessoa se sentir assim, precisa analisar algumas coisas, como o contato com os parentes, relembrar metas que não foram alcançadas ou a saudade de alguém que partiu. A psicóloga também destacou a importância de construir uma rotina e estar com pessoas queridas para tornar o fim de ano mais tranquilo.
Em suma, a “Síndrome do Fim de Ano” é uma realidade que afeta muitas pessoas, e é fundamental buscar ajuda profissional e construir metas realistas para enfrentar esse período de transição.