A Confederação Geral do Trabalho (CGT), que representa vários sindicatos do país, emitiu um comunicado detalhando um “plano de luta” que inclui a apresentação de uma ação judicial contra um decreto anunciado por Milei na semana passada. Além disso, a CGT também planeja apresentar um projeto de lei ao Congresso para discuti-lo em sessões extraordinárias antes de 31 de janeiro.
As medidas do governo incluem a eliminação de regras trabalhistas, a privatização de empresas estatais e a modificação do Código Civil e Comercial. O projeto de lei também propõe a declaração da emergência econômica e a delegação de parte dos poderes legislativos ao Executivo até o final de 2025, com a opção de prorrogação por mais dois anos.
O presidente Milei argumenta que pretende reduzir o tamanho do Estado e eliminar o déficit fiscal para impulsionar o crescimento econômico, no entanto, desde que as medidas foram anunciadas, milhares de pessoas têm saído às ruas para protestar.
Além da greve e da manifestação, a CGT planeja solicitar reuniões com todos os blocos de deputados e senadores, bem como com outras confederações trabalhistas, a fim de articular mais ações em resposta às medidas do governo.
Este movimento de protesto reflete a crescente tensão entre os trabalhadores argentinos e o governo de Milei, que tem defendido fortemente as políticas neoliberais como forma de enfrentar os desafios econômicos do país.
O anúncio da greve geral e da manifestação no Congresso Nacional aumenta a pressão sobre o governo de Milei e indica que a oposição às suas políticas está se organizando e tentando aumentar sua influência no debate político do país. A resposta do governo e o impacto da greve e da manifestação permanecem incertos, mas é evidente que a polarização política na Argentina continua a crescer.