Além disso, o relatório apontou que oito pessoas foram mortas por colonos judeus, o que levantou sérias preocupações sobre a violência e os abusos cometidos contra a população palestina. O alto comissário da ONU para Direitos Humanos, Volker Turk, enfatizou a necessidade de medidas imediatas, claras e eficazes por parte de Israel para conter a violência dos colonos e garantir a proteção efetiva das comunidades palestinas.
O relatório também denunciou detenções arbitrárias em massa, detenções ilegais e casos de tortura e maus-tratos relatados contra detidos palestinos. Segundo o Acnudh, aproximadamente 4.785 palestinos foram detidos na Cisjordânia desde 7 de outubro, com relatos de abusos por parte das forças de segurança israelenses, incluindo violência sexual e de gênero.
As autoridades israelenses ainda não se pronunciaram sobre o relatório. No entanto, é importante destacar que Israel afirma que suas operações na Cisjordânia têm como objetivo conter as ameaças à segurança. A Cisjordânia já vinha experimentando altos níveis de agitação antes do ataque a Israel em outubro, e os confrontos se intensificaram com a invasão terrestre de Gaza por Israel.
Diante desse cenário preocupante, a comunidade internacional tem pressionado Israel a tomar medidas concretas para proteger os direitos humanos dos palestinos na região. O relatório das Nações Unidas serve como um alerta para a gravidade da situação e a necessidade urgente de ações que promovam a paz e a segurança para toda a população da Cisjordânia.