Com seis meses de estiagem, o Lago de Itans, que antes ocupava uma área de 4 km², se transformou em um córrego, privando os peixes de água e oxigênio, levando à morte em massa. Essa situação não afeta apenas a economia local, mas também a subsistência de aproximadamente 10 mil pescadores diretamente ligados ao lago. Estima-se que 90% da população dependa do que é produzido ali para sua alimentação.
Além disso, a reprodução das espécies de peixes pode ser comprometida devido à morte em massa, o que pode ter um impacto duradouro no ecossistema local. Os animais também são afetados, com os búfalos procurando água nos igarapés secos, e a população local enfrentando escassez de água potável, dependendo de carros-pipa que enfrentam dificuldades devido à distância.
Diante desse cenário desolador, a única esperança está no início do período chuvoso, aguardado com ansiedade pelos pescadores e pela população local como uma solução para aliviar os impactos dessa severa seca. Enquanto isso, as autoridades locais estão buscando alternativas para amenizar a situação, como a distribuição de água potável e a busca por apoio governamental e de organizações não governamentais.
A situação na Baixada Maranhense é um alerta para a vulnerabilidade das regiões afetadas pela seca e mostra a necessidade de investimentos em medidas preventivas e de adaptação para lidar com os impactos das mudanças climáticas. A falta de chuvas e a seca prolongada não apenas afetam a vida dos habitantes locais, mas também têm consequências ambientais que podem perdurar por muito tempo. É urgente uma resposta efetiva para lidar com essa crise e evitar que situações como essa se repitam no futuro.