A lesão na córnea pode causar irritação, inchaço, visão turva e até mesmo cegueira temporária, além de gerar dor intensa. A Vigilância em Saúde e o Instituto de Vigilância Sanitária do Rio (IVISA-Rio), órgãos da Secretaria Municipal de Saúde, já iniciaram uma investigação para identificar as marcas dos produtos usados e os estabelecimentos onde os penteados foram feitos ou os produtos adquiridos.
A comercialização e uso de algumas marcas de pomadas estão suspensos no Brasil pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), devido à presença de insumos considerados nocivos à saúde, como os que causam intoxicação ocular. A emergência oftalmológica do Hospital Souza Aguiar atende, normalmente, cerca de 70 pacientes por dia. No entanto, apenas na segunda e terça-feira, foram registrados 83 e 167 atendimentos, respectivamente, a maioria devido a lesões na córnea causadas pelo contato com a pomada modeladora de cabelos.
Crianças, adolescentes, mulheres e homens adultos deram entrada no hospital com sintomas como coceira nos olhos, vermelhidão, irritação, ardência e inchaço. Em casos mais graves, a visão ficou turva ou os pacientes não conseguiam enxergar. A diretora do Hospital Souza Aguiar, Paula Travassos, expressou preocupação em relação ao próximo fim de semana, tendo em vista que muitas pessoas terminam a noite do réveillon mergulhando no mar.
O IVISA-Rio orienta que as pessoas adquiram e utilizem apenas produtos regularizados junto à Anvisa, e disponibiliza uma ferramenta em seu site para consulta dos produtos autorizados. A situação envolvendo a pomada modeladora de cabelos causou alarme entre os profissionais de saúde, que estão atentos aos possíveis casos que podem surgir durante as festividades de final de ano. A população deve estar ciente dos riscos associados ao uso de produtos não autorizados e tomar as devidas precauções para evitar a exposição a substâncias nocivas.
