De acordo com dados do Ministério da Saúde, entre os anos de 2019 e 2022, o Sistema Único de Saúde (SUS) registrou 1.548 internações decorrentes de ferimentos causados por fogos de artifício, o que representa uma média de um caso por dia. Informações preliminares do ministério para o ano de 2023 apontam um total de 266 internações por esse motivo, no período de janeiro a setembro.
O diretor de Comunicação da SBCM, Sérgio Augusto Machado da Gama, ressaltou a preocupação da entidade com os acidentes causados por fogos nesta época do ano, destacando que mãos, punhos, rosto e olhos são as partes do corpo mais expostas e vulneráveis. Ele defende que os fogos de artifício sejam admirados a uma distância segura e em locais adequados, por pessoas preparadas para manuseá-los.
Machado também aponta alguns cuidados que podem ser tomados para reduzir os riscos, como a utilização de prolongadores para soltar rojões, a compra de fogos apenas em lojas especializadas e a atenção para não reutilizá-los quando falham ao acender. Ele também alerta para a necessidade de evitar o consumo de álcool antes de manusear fogos de artifício, pois isso pode aumentar o risco de acidentes.
Em relação às crianças, a recomendação é de que elas não soltem fogos de artifício e fiquem a uma distância segura desses artefatos. O diretor ressalta que, além das queimaduras, acidentes com fogos podem provocar sérias lesões, como amputações.
Para casos de queimaduras, Machado orienta lavar com água corrente e procurar atendimento médico imediato para queimaduras mais graves. Também destaca a importância de não aplicar produtos caseiros nos ferimentos e de procurar ajuda especializada em casos de fraturas e amputações.
Além disso, o especialista menciona que algumas cidades no mundo, como Praga, proibiram a prática de queima pública de fogos devido à poluição, riscos de acidentes e aglomerações. Os fogos também podem causar estresse em animais e pessoas com sensibilidade auditiva, como bebês, crianças, idosos e autistas.
Fundada em 1959, a SBCM reúne médicos especialistas em cirurgia da mão e reconstrutiva do membro superior, promovendo a formação e atualização de profissionais, além de atuar na defesa e educação continuada na área.