Com essa nomeação, Vera Lúcia será a segunda mulher negra a compor a Corte eleitoral. A decisão do presidente Lula foi tomada a partir de uma lista enviada pelo Supremo Tribunal Federal (STF), composta exclusivamente por mulheres. Isso reforça a importância da representatividade feminina em cargos de alta responsabilidade no país.
Vera Lúcia Araújo se junta à advogada Edilene Lôbo, que tornou-se a primeira mulher negra a integrar o TSE quando foi empossada no início de agosto após a indicação do presidente Lula em junho. Com essa nomeação, o TSE passará a contar com três mulheres em sua composição, incluindo também a ministra do STF Cármen Lúcia, que ocupa uma cadeira efetiva.
A nova ministra substituta Vera Lúcia ocupará o cargo antes preenchido pela advogada Maria Claudia Bucchianeri Pinheiro, cujo mandato chegou ao fim recentemente. A nomeação de Vera Lúcia foi amplamente parabenizada pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), que reconheceu sua competência, ética e contribuição para a advocacia brasileira.
Vale ressaltar que de acordo com a Constituição, cabe ao presidente da República nomear os advogados que compõem o TSE. O Tribunal é composto por sete ministros, incluindo três do STF, dois do Superior Tribunal de Justiça (STJ) e dois advogados com notório saber jurídico, além de seus respectivos substitutos.
Essa nomeação representa mais um passo importante na busca pela igualdade de gênero em instâncias de poder no Brasil. Em 91 anos de Justiça Eleitoral, apenas 11 mulheres integraram o Plenário do TSE como ministras efetivas ou substitutas. A presença de Vera Lúcia e Edilene Lôbo é um marco significativo nesse contexto.