Segundo o relatório climático produzido pelas instituições, a Região Norte do país pode registrar temperaturas 1ºC acima da média histórica durante os meses de janeiro e março. Além disso, estados como Acre, Roraima, Amapá e sudoeste do Amazonas devem ter volumes de chuva próximos ou acima da média. Por outro lado, regiões como a maior parte do Amazonas, Pará, Rondônia e Tocantins devem enfrentar um período de seca.
No Nordeste, a expectativa também é de temperaturas acima da média, principalmente em estados como Maranhão, Piauí e norte da Bahia, com previsão de chuva próxima ou abaixo da climatologia no centro-norte da região. Já no centro-sul, devido ao padrão de águas mais aquecidas do Atlântico Sul, podem ocorrer chuvas mais volumosas.
No Centro-Oeste, a tendência é de calor forte em todos os estados, com valores acima de 1ºC da média histórica. Também é esperada chuva próxima ou acima da média na região, com exceção do oeste de Mato Grosso, que deve ter volume ligeiramente abaixo da climatologia do trimestre.
Na Região Sudeste, as temperaturas devem ficar elevadas em todos os estados, com previsão de valores acima de 0,5ºC da média. A expectativa é que haja maior volume de chuva, principalmente em Minas Gerais.
No Sul, é esperado calor próximo ou ligeiramente acima do normal em algumas áreas, enquanto outras devem enfrentar chuvas mais intensas, principalmente na parte sul do Rio Grande do Sul.
Os impactos do El Niño na safra de verão 2023/24 também são motivo de preocupação, pois a região Nordeste já enfrenta déficit hídrico e aumento da evapotranspiração devido às altas temperaturas. Já no Brasil Central, a retomada da chuva na segunda quinzena de dezembro favoreceu o plantio e desenvolvimento dos cultivos de primeira safra. Na Região Sul, os volumes de chuva previstos devem manter elevados os níveis de água no solo, mas a probabilidade de excedente hídrico é menor em algumas localidades.
Diante desse cenário, a população brasileira deve se preparar para um verão com temperaturas acima da média e possíveis impactos na produção agrícola. O monitoramento constante das condições climáticas e a adoção de medidas preventivas são essenciais para lidar com as consequências dessa temporada de verão que se inicia no Hemisfério Sul.