Segundo relatos de testemunhas, o veículo atingiu uma porta de vidro e avançou mais de 10 metros para dentro da unidade, espalhando estilhaços e causando pânico entre funcionários, pacientes e acompanhantes presentes naquele momento. Por sorte, ninguém ficou ferido durante o incidente.
Após a ação, a motorista saiu do carro aos gritos, reclamando do atendimento recebido pela sua irmã. A Polícia Civil declarou que se tratou de um incidente intencional e, consequentemente, a mulher foi presa em flagrante por dano qualificado e direção perigosa.
O delegado Michel Floroschk enfatizou a gravidade do ocorrido, afirmando que a intenção da mulher não era apenas socorrer sua irmã, mas sim descontar toda a sua raiva no hospital, colocando em risco a vida de diversas pessoas que ali estavam.
Além disso, ficou constatado que a paciente, que havia sido levada ao hospital inicialmente por conta de uma contusão no joelho, não apresentava trauma, apenas escoriações. Logo após ter sido medicada e liberada, a irmã voltou a sentir dor e acionou novamente o Samu. Insatisfeita com a demora no atendimento, a mulher resolveu transportar a irmã, que sofre de obesidade, deitada no porta-malas do carro, que permaneceu aberto durante todo o trajeto.
Apesar do incidente, a limpeza dos estilhaços foi realizada e o hospital seguiu funcionando normalmente, sem interrupção no atendimento. Porém, durante a madrugada, familiares e amigos informaram que a irmã da motorista havia sofrido uma fratura e acabou sendo internada, apesar da prefeitura inicialmente ter afirmado que o exame médico não apontara fraturas.
Em resposta ao incidente e às controvérsias sobre o atendimento recebido pela paciente, a prefeitura informou que o Hospital de Emergência abriu uma sindicância para apurar o caso. Este episódio serve não só como alerta para a tensão vivida nos serviços de saúde em tempos de pandemia, mas também como exemplo do que nunca deve ser feito para resolver uma situação de insatisfação com o atendimento médico.