Conhecida como Qdenga, a vacina não estará disponível em grande escala inicialmente, mas será direcionada a públicos e regiões prioritárias. A aprovação para a incorporação do imunizante foi realizada pela Comissão Nacional de Incorporações de Tecnologias no SUS (Conitec), que avaliou a relação custo-benefício e a questão do acesso à vacina.
A ministra Nísia Trindade explicou que o acesso público à vacina é um marco para o país, mas ressaltou que as limitações de produção da empresa Takeda precisarão ser consideradas na definição dos públicos-alvo. O Programa Nacional de Imunizações (PNI) e a Câmara Técnica de Assessoramento em Imunização (CTAI) serão responsáveis por definir a estratégia de distribuição das doses, priorizando regiões com maior incidência da doença.
De acordo com o laboratório, a previsão é que sejam entregues 5,082 milhões de doses da vacina em 2024, entre fevereiro e novembro. O esquema vacinal é composto por duas doses e a vacina tem registro na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para prevenção da dengue em pessoas de 4 a 60 anos de idade, independentemente de exposição prévia.
O vice-presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), Renato Kfouri, destacou a importância da vacina para o controle da dengue no país, especialmente diante do recorde de óbitos registrados no ano. Ele ressaltou que a vacina será um importante instrumento para o controle da doença, seguindo as recomendações da Organização Mundial da Saúde.
A introdução da vacina da dengue é aguardada com expectativa, pois seu uso poderá complementar outras medidas de prevenção e controle da doença. A definição dos públicos-alvo e das estratégias de distribuição das doses deverá ser realizada nas primeiras semanas de janeiro, marcando um passo importante no combate à dengue no Brasil.
* com informações da Agência Brasil