Girão enfatizou que o comportamento do governador poderia configurar crimes de responsabilidade, citando especificamente o de improbidade administrativa. Ele acusou Freitas de manipular a população carente do Ceará, particularmente os beneficiários de programas sociais e moradores de casas populares, com o objetivo de criar um exército de agentes políticos em favor do governo.
Além disso, o senador condenou veementemente os gastos excessivos do governo do Ceará em campanhas publicitárias. Segundo Girão, o governador estaria mantendo um orçamento milionário, ou até mesmo bilionário, em publicidade e propaganda, equiparando os gastos aos níveis do Partido dos Trabalhadores (PT), que esteve no poder por oito anos. Ele ainda ressaltou que, no primeiro semestre, o governo teria despendido a quantia de R$ 15 milhões em jatinhos e helicópteros, o que considerou como abuso.
As declarações de Girão no Plenário refletem uma clara discordância com a gestão do governador do Ceará, levando-o a tomar medidas legais para contestar as ações do governo. A representação junto à Procuradoria-Geral do Estado (PGE) demonstra a vontade do senador em responsabilizar o governador pelos supostos abusos de poder político e mau uso de recursos públicos.
O embate político entre Girão e Freitas mostra que questões ideológicas e de administração pública continuam sendo temas de grande relevância no cenário político do Ceará, alimentando debates acalorados entre as diferentes esferas de poder. A postura crítica do senador e suas ações legais contra o governo revelam a tensão e polarização que caracterizam o atual ambiente político do estado.