A Associação Nacional dos Fabricantes de Produtos Eletroeletrônicos (Eletros) estima que 83% das unidades atualmente não atendem às novas exigências, o que resultará em uma falta de diversidade de produtos disponíveis no mercado, já que apenas os itens de alto padrão, com preço mínimo entre R$ 4.000 e R$ 5.000, estarão disponíveis nas lojas, impactando principalmente o consumidor de baixa renda. Renato Alves, diretor da associação, alerta para desinvestimentos e perda de empregos na indústria devido a essa mudança.
Por outro lado, o Ministério de Minas e Energia defende a medida, afirmando que a norma não retira nenhum equipamento de circulação até 2026, tempo suficiente para adaptação da indústria. Além disso, argumenta que as geladeiras mais eficientes trarão impacto direto e positivo ao gerar economia na conta de luz, sendo especialmente relevante para consumidores de baixa renda, que gastam em média 39% das despesas domésticas mensais com eletricidade.
O Ministério rebate as estimativas da Eletros, classificando-as como “inverídicas e irresponsáveis” e garantindo que os impactos da medida serão benéficos para o consumidor e para a economia do país. Segundo o órgão, a norma é necessária para que o Brasil cumpra suas metas de redução de emissões e alinhe-se com os esforços internacionais de eficiência energética.
A implementação dessas mudanças no mercado de refrigeradores coloca o Brasil em linha com outras nações, incentivando a indústria a investir em novas tecnologias e gerar novos empregos. No entanto, ainda há preocupações sobre o impacto que essa medida terá no consumidor de baixa renda e na diversidade de produtos disponíveis no mercado. Ao mesmo tempo, há expectativas de que as geladeiras mais eficientes tragam economia significativa na conta de luz e contribuam para a redução das emissões de carbono e o cumprimento de metas estabelecidas internacionalmente. A implementação desses padrões também pode impulsionar a indústria brasileira a se equiparar com os padrões internacionais e promover um desenvolvimento sustentável no país.