O Chester, que é uma marca registrada e não uma espécie, tem sua origem em uma linhagem de frango trazida da Escócia para o Brasil na década de 1980. Com sede na cidade de Mineiros, em Goiás, a produção do Chester tem um tempo de criação superior ao do frango convencional, com o animal sendo abatido aos 50 dias, 20 dias a mais do que o frango comum.
Segundo a gerente executiva da Perdigão, Luciana Bulau, o Chester é uma ave saudável, que recebe cuidados especiais desde as granjas até a alimentação. Para garantir a qualidade do produto, o animal é alimentado com uma dieta específica, rica em vitaminas e minerais, o que resulta em diferenças no tamanho da ave e na carne.
Ao contrário de algumas lendas difundidas, como a de que o Chester não teria cabeça ou de que não conseguia se mexer devido à quantidade de comida que consumia, a executiva esclareceu que o animal é maior que o frango comum, não recebe hormônios, tem carne mais macia, sabor suave e concentra 70% da carne em partes nobres, como peito e coxas.
O processo produtivo do Chester também foi esclarecido, com a Embrapa, Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, confirmando que apenas machos sem defeitos são vendidos como Chester. As fêmeas, por sua vez, são abatidas na mesma idade que os frangos convencionais e vendidas em cortes embalados em bandejas.
Com a revelação do mistério que durou décadas, a Perdigão busca garantir transparência sobre a produção, cuidados e característias do Chester, promovendo a marca como um “símbolo do Natal brasileiro”. A divulgação das fotos do animal em vida encerra as lendas e mitos que cercavam o Chester, trazendo maior clareza sobre a ave que é tão aguardada durante as festas de fim de ano.