De acordo com a denúncia, o grupo de traficantes submeteu Leandro a atos violentos e horrendos para que ele assumisse a culpa pelos crimes, que na verdade, foram provocados por milicianos, segundo o processo. Além disso, a tortura foi filmada e postada nas redes sociais como forma de intimidação aos demais moradores e para demonstrar a crueldade dos criminosos.
Após horas de tortura, Leandro foi levado à delegacia, amarrado e humilhado, com um cartaz pendurado no pescoço indicando a falsa acusação. No entanto, após todo este processo doloroso, ele confessou à polícia sob coação o que havia acontecido. Em janeiro deste ano, o juiz da 1ª Vara Criminal de Belford Roxo do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ), Luís Gustavo Vasques, acatou a denúncia do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) e tornou réus oito acusados de envolvimento nas mortes dos três meninos.
Os traficantes Ruan Igor Andrade de Sales, Victor Hugo dos Santos Goulart, Anderson Luís da Silva, Marcelo Ribeiro Fidelis, Jurandir Figueiredo Neto, Luiz Alberto de Souza Prata e Welber Henry Jerônimo foram condenados a penas entre nove anos e oito meses e doze anos de prisão, em regime inicialmente fechado. A decisão foi tomada pelo juízo da 1ª Vara Criminal de Belford Roxo, e cabe recurso.
Segundo a sentença, Leandro sofreu não apenas consequências físicas, mas também psicológicas e materiais graves. A família teve que abandonar sua casa e seus bens por medo de represálias dos traficantes. Este caso chocante e devastador continua a assombrar e entristecer a comunidade de Belford Roxo, que clama por justiça e a localização dos corpos das crianças. A busca por respostas e punições severas aos responsáveis é um pedido de toda a população local.