A tragédia se abateu sobre a província de Gansu, no noroeste da China, onde muitas casas corriam o risco de desabar ou já haviam desmoronado, especialmente aquelas construídas com terra e argila. A área de Dahe foi uma das mais atingidas, e um idoso, emocionado, afirmou que em seus mais de 80 anos de vida nunca tinha vivenciado um terremoto tão grande.
O tremor, que teve seu epicentro a 5 km da fronteira provincial entre Gansu e Qinghai, também afetou fortemente a região de Qinghai, onde os tremores também foram sentidos. O terremoto ocorreu às 23h59 locais e causou destruição em estradas e infraestruturas, provocou deslizamentos de terra e soterrou metade de um vilarejo com lodo.
O trabalho de resgate tem enfrentado desafios, especialmente devido às baixas temperaturas, depois que uma forte onda de frio atingiu a região, deixando as condições de vida ainda mais precárias para os sobreviventes.
As autoridades locais mobilizaram os serviços de emergência, mas ainda estão enfrentando dificuldades para lidar com os efeitos do desastre. A província de Gansu, situada na região sismicamente ativa do planalto tibetano de Qinghai-Tibetan, é propensa a terremotos. O último terremoto de grande magnitude no país ocorreu em 2008, na província de Sichuan, e deixou quase 70 mil pessoas mortas.
Até o momento, as autoridades reportaram 126 mortos e 536 feridos em Gansu, além de ao menos 13 mortos e 182 feridos em Qinghai. A busca por sobreviventes continua, com 20 pessoas oficialmente registradas como desaparecidas. Cerca de 2.200 bombeiros, 900 brigadistas florestais e 260 profissionais de resgate de emergência foram enviados para a área do desastre, juntamente com centenas de militares e policiais.
A tragédia do terremoto na China é um lembrete doloroso dos perigos naturais que as populações ao redor do mundo continuam enfrentando, e exige uma resposta urgente para prestar assistência às vítimas e reconstruir as áreas afetadas.