A última vez em que a S&P havia elevado a nota da dívida brasileira tinha sido em 2011, quando o Brasil passou da nota BBB- para BBB, garantindo assim o grau de investimento, o que indica que o país não dará calote na dívida pública. Desde então, o Brasil havia enfrentado sucessivos rebaixamentos, tendo perdido o grau de investimento em setembro de 2015.
A agência de classificação de riscos S&P justificou a melhoria da nota brasileira à aprovação da reforma tributária, ocorrida na sexta-feira (15). A agência reconhece a modernização do sistema tributário brasileiro como parte da trajetória de implementação de políticas pragmáticas no país nos últimos 7 anos, o que influenciou positivamente a decisão de elevar a nota do Brasil.
Apesar da notícia positiva, a S&P ressaltou que ainda existem riscos para a economia brasileira, como as perspectivas de fraco crescimento econômico e de situação fiscal “débil”. A agência justificou a perspectiva estável para a nota do país devido às expectativas de progresso lento em relação aos desequilíbrios fiscais e projeções econômicas ainda fracas.
Desde janeiro de 2018, a S&P Global enquadrava o Brasil três níveis abaixo do grau de investimento, mesma nota concedida pela Fitch, outra das principais agências de classificação de risco. Já a Moody’s classifica o país dois níveis abaixo do grau de investimento.
A notícia da melhoria na nota da dívida brasileira é um sinal positivo para a economia do país, indicando que as políticas implementadas recentemente podem estar surtindo efeito e melhorando a percepção dos investidores estrangeiros em relação ao Brasil. Entretanto, ainda é necessário manter um olhar atento em relação aos riscos e desafios que o país enfrenta, para garantir uma recuperação econômica sólida e duradoura.